sábado, 26 de novembro de 2016

Splatter: Naked Blood (女虐: NAKED BLOOD Megyaku) - 1996


Dirigido por Hisayasu Sato, este é um dos clássicos gore/splatter japoneses produzidos em meados dos anos 90 na terra do sol nascente. 

Um jovem cientista chamado Eiji (Sadao Abe) está desenvolvendo uma fórmula revolucionária que promete tornar as pessoas mais felizes. Ele acaba criando algum tipo de analgésico que basicamente, converte a dor física em uma sensação de prazer extremo, batizando a sua criação de "MY SON". Isso seria motivo de grande orgulho para o pai de Eiji (que sumiu misteriosamente antes mesmo ter nascido, como é mostrado via flashback). Com a finalização do projeto "MY SON", Eiji precisará de algumas cobaias humanas para testar o seu ambicioso trabalho. Por sorte, a mãe dele trabalha em um hospital. Ela está realizando testes médicos em três pacientes, o que permite facilmente que ele misture a sua "porção mágica" junto com o trabalho dela sem que a mesma perceba. Feito isso, ele passa a acompanhar a rotina das três garotas discretamente com a sua câmera em mãos, pois é preciso pelo menos 48 horas para o "MY SON" fazer efeito.


As três mulheres são voluntárias de uma pesquisa dirigida pela mãe de Eiji que está muito preocupada com o futuro da humanidade. Como já sabemos, existe uma teoria de que em um futuro não muito distante, não exista alimentos o suficiente para abastecer toda a população do planeta terra, devido a superpopulação. Esse é o foco do experimento dela, tentar reverter ou amenizar esse efeito. Ela inocentemente, ejeta o "MY SON" em suas pacientes, pois o seu filho perturbado acabou manipulando o experimento original dela (e você pode ter certeza que coisas boas não vão acontecer!) .

Rika Mikami (interpretada por Misa Aika) é a personagem principal. Ela é uma garota bem estranha que após a primeira menstruação, acabou desenvolvendo um choque psicológico que a impede de sonhar, fazendo ela mesma se identificar com um cacto do deserto. A segunda paciente é uma garota muito vaidosa cujo maior orgulho é o seu corpo e a sua aparência externa. A terceira não menos importante, é uma garota gulosa que ama comer e afirma ser esse o maior prazer de sua vida. O interessante nesse filme é a forma como o "MY SON" vai afetar cada uma dessas mulheres e de um certo modo, eu até considero isso como uma crítica social. Como estamos diante de um filme perturbador japonês, a experiência que promete acabar com a dor gera um resultado catastrófico e sanguinário!


A garota que é apaixonada por comida, está cantarolando em sua cozinha enquanto prepara a sua comida. Em um certo momento, ela faz um corte em seu dedo por acidente e acaba percebendo que isso é muito bom. Claro que esse é o efeito que o "MY SON" está fazendo em seu organismo, transformando a dor em felicidade. O problema é que a garota perde o controle e acaba fazendo coisas completamente absurdas, como: mastigar o próprio dedo, fritar a mão em óleo quente, praticar auto-mutilação e canibalismo, chegando a tal ponto de devorar o seu próprio globo ocular e pedaços de sua vagina. Já em um outro lugar não muito distante, a mulher narcisista está perfurando todo o seu corpo com brincos, agulhas, piercing, argolas e outros objetos do gênero. Segundo ela, quanto maior a dor, mais ela conseguia se sentir bem consigo mesma. Enquanto essas duas estão tirando suas vidas, Rika faz amizade com o próprio Eiji, chegando a ponto de se envolver emocionalmente com ele. Sobre os efeitos que o maldito "MY SON" causa no comportamento da protagonista principal da trama, tudo o que eu posso dizer é que ela passa a ter sonhos bem estranhos envolvendo mortes, só isso. Nada de Spoiler. hehe

Hisayasu Sato é um diretor de filme exploitation asiáticos que já produziu inúmeros filmes que certamente, passaram por aqui, por isso guarde bem esse nome. Ele é responsável por vários filmes Pinku, que envolvem perversão sexual, voyeurismo, sadismo e até mesmo bestialidade (veja Horse and Woman and Dog de 1990). NAKED BLOOD não é exatamente a obra máxima dele, mas de longe é a mais popular acompanhada de Lolita: Vibrator Torture (1987).


Os efeitos especiais aqui são bons, mas o erotismo que está presente em toda a carreira de Hisayasu Sato, acabou sendo deixado um pouco de lado. Existe somente uma cena de sexo com óculos futurista e um cacto tapando tudo, no mínimo estranho. Mas a falta de sexo nunca foi um problema para os filmes de terror. O único problema que existe realmente aqui, é que as coisas demoram muito para acontecer e isso acaba gerando tédio na maioria das pessoas acostumadas com ações ininterruptas. Eu recomendo muito que você assista NAKED BLOOD, sem esquecer que os efeitos especiais seguem os padrões dos anos 90. Qualquer dúvida, pesquise um pouco sobre ele e veja o quanto ele é respeitado em toda WEB.