Como já era de se esperar, esse filme não possui nenhuma legenda. Isso pode ser um pouco desanimador para muitos, mas quem falou que tudo nessa vida é perfeito? No caso de MASKHEAD, a falta de legendas pode não ser o seu único problema (explicarei isso mais tarde).
Produzido por Fred Vogel e Shelby L. Vogel (esposa do diretor), o filme conta a história de duas lésbicas, um cowboy gay e um impiedoso assassino mascarado. O trio são fundadores de uma produtora de vídeos eróticos chamada Modeling, que na realidade, se trata de um negócio obscuro envolvendo assassinatos por lucro. O que podemos esperar de um filme como esse? Simplesmente, muito sangue e sexo, com o selo de qualidade da Toetag Pictures.
A trama gira em torno de Syl (Shelby L. Vogel) e Maddie (Danniella Inks), elas são produtoras de filmes pornô softcore e trabalham em parceria, com um cowboy gay nada amigável. Com a ajuda de um comercial, as duas garotas conseguem atrair pessoas que querem ganhar dinheiro seguindo a carreira como porn star. Destaque para a frase que aparece embaixo do vídeo comercial : "Syd e Maddie venderam mais de 100 Milhões de DVD no mundo todo.... Que porra você está esperando? Tire o pau do seu pai da sua boca e pegue o telefone !"
Depois da divulgação do comercial, o filme segue mostrando entrevistas de homens e mulheres, assim como a produção do vídeo pornô softcore de cada um deles. A princípio, tudo acontece normalmente. Porém, tudo muda quando um estranho homem com uma mascara sinistra, invade o set para matar os atores no meio das filmagens. Logo, é então revelado que não se trata de um negócio envolvendo filmes eróticos, mas sim, de uma produção caseira de filmes Snuff onde pessoas são mortas de verdade.
Se você já assistiu August Underground, já deve saber que o diretor Fred Vogel tem um talento muito grande quando o assunto é criar snuff movies bem "realista". No caso de MASKHEAD lançamento dois anos após o fechamento da trilogia AU, a qualidade dos efeitos especiais continua sendo mais do que satisfatória.
No filme você não vai encontrar cenas de sexo explícito, mas sim, algo como: Uma atriz chupando uma banana, uma garota vestida de palhaço se divertindo com balões de festa e uma gostosa brincando com um homem imitando um cachorro. Mas por outro lado, esse filme trabalha muito com tortura sexual. Imagine um cowboy enfiando a mão e parte do seu braço, dentro da bunda de um adolescente viciado. Infelizmente, o seu anel favorito acaba se perdendo dentro do ânus do rapaz e ele resolve meter a mão novamente para tirá-lo. Imagine também, duas lésbicas dentro de um restaurante, onde uma enfia o pé na vagina da outra por debaixo da mesa. Isso tudo você ver em MASKHEAD, fora as cenas de torturas, humilhação e crueldade que estão presente em todo o longa.
A principal estrela do filme, atende pelo nome de Maskhead. Maskhead é um homem alto com atadura na cabeça, braços e peitoral. Ele é parecido com a maioria dos serial killers de filmes de terror (Michael Meyer, Leatherface, Jason...), sendo então um assassino insano, forte, calado e possui uma máscara assim como qualquer outro retardado do gênero. Seu principal instrumento de tortura é uma pequena marreta, embora utilize bem mais sua força física. Mesmo sendo um ator de filme erótico, Maskhead não faz sexo com nenhuma das atrizes. Ou será que ele faz?
A cena final deste filme com certeza, é a parte mais perturbadora e insana que esse filme pode nos oferecer. Caso você ache que qualquer revelação sobre um filme é considerada SPOILER, eu sugiro que você não leia o penúltimo fragmento de texto desta resenha.
O filme abre com uma cena onde uma mulher, está amarrada sobre uma cama improvisada. Mais tarde, bem na cena final, descobrimos o destino trágico dessa mulher. Maskhead aparece em cena com um pau enorme (um "pênis" artificial de madeira com pregos, criado por ele mesmo). A garota então é estuprada pelo assassino e a câmera faz close em sua vagina que está sendo massacrada em todos os sentidos, literalmente ! Eu não sei bem como essa cena foi feita, mas, o efeito especial é de cair o queixo.
Para finalizar, existe um problema além da falta de legendas que eu pude observar. Sabe quando o filme tem muitos diálogos necessários? Pois é... aqui existe muito disso! Não que ele tome boa parte do filme, mas para quem não entende muito de inglês, isso acaba gerando um certo tédio que é recompensado mais tarde com as cenas de violência gratuita. O enredo também não é seu ponto forte, lembrando que essas produções de filmes extremos, tem como principal objetivo, chocar seu público alvo e isso Fred Vogel sempre fez muito bem.