segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Of The Dead (Des Morts) - 1979


Dando continuidade a maratona de documentários que falam sobre a morte (em comemoração aos três anos do projeto FILMES PERTURBADORES), chegou a hora de falarmos de um Shockumentary não muito popular nos tempos modernos, que eu acabei descobrindo e conhecendo por acaso na internet.

Des Morts foi lançando em 1979, numa época em que dezenas de outros documentários estavam seguindo os mesmo passos do original Faces of Death. Para quem não sabe, "As faces da Morte" foi o percursor de um gênero bem específico de documentário, onde a morte era discutida de maneira "educacional", inspirando mais tarde, dezenas de outros títulos muito mais sensacionalistas, com cenas brutais de morte e violência. E foi assim que surgiu o subgênero Shockumentary. Esse filme também compartilha essa mesma ideia, mas usando como foco principal, alguns diferentes tipos de funerais que acontecem ao redor do mundo. Of The Dead (originalmente conhecido como "Des Morts" especialmente na França e na Bélgica), mostra algumas diferentes culturas e a cerimônia fúnebre de cada uma delas.


Possíveis spoilers: Na Tailândia, vemos um tradicional funeral envolvendo uma mulher indígena. Enquanto algumas pessoas fazem uma oração em coro para uma entidade chamada Ndzu-Nhong (que nem mesmo o Google conhece, mas eles o consideram como o Deus da terra, do céu e de todo o resto), os habitantes locais matam algumas vacas como parte de um ritual que antecede o enterro. A cena é forte, mas não ao ponto de ser considerada muito ofensiva. A menos, que você seja algum tipo de vegetariano ou uma pessoa de coração muito mole, sendo incapaz de ver um animal sendo morto, mutilado e devorado. O Funeral é encerrado assim como o nosso, com o corpo da defunta sendo enterrada em um caixão. Na sequência, vemos alguns outros tipos de funerais nos lugares mais exóticos lugares do mundo como na Bélgica, México, Nepal, Coreia do Sul e até nos Estados Unidos.


Particularmente, eu não considero DES MORTS como um filme genuinamente perturbador. Mas, existem algumas cenas nele que podem chocar bastante quem não é muito acostumado com esse tipo de documentário. Vemos corpos de crianças e pessoas em estados de mumificação e em outra cena, um corpo que está sendo embalsamado. Isso é o "melhor" que esse filme tem para oferecer. Em outro segmento, um corpo é cremado até os ossos serem transformados em cinzas. Em São Francisco, EUA, um homem está fazendo o funeral do seu cachorro em um cemitério de animais. Por falar em animais, é surpreendente como alguns deles são abatidos com tanta brutalidade em matadouros (Sorry.... sem spoilers! hahaha). Na Espanha, uma tourada causa a morte de um touro, algo completamente comum nesse sangrento espetáculo. De resto, só algumas cenas de pessoas que estão em estado crítico em hospitais, funerais onde cadáveres são queimados em público, corpos no rio Ganges e uma curiosa partida de futebol com cadeirantes.


Esse documentário tem cerca de 100 minutos de duração. Minutos, que são usados especificamente para falar sobre funerais. Isso é interessante? Definitivamente que não, pelo menos, não para min. Essa é a minha opinião. Por diversas vezes, eu pensei em colocar o filme para correr ou pular uma cena inteira. Isso porquê algumas cenas são longas e tediosas. Esse documentário não tem um narrador ativo com comentários inteligentes para compor o seu trabalho. Ao invés disso, vemos algumas entrevistas que não funcionam muito bem aqui. Para se ter uma ideia, a primeira cena mostra um vídeo de um velório com quase 20 muitos de duração, tempo suficiente para ter mostrado um punhado de coisas grotescas e curiosas. Só não digo que esse documentário é ruim, porquê algumas coisas nele são "interessantes", como a morte de um homem que é baleado e enterrado. Provavelmente, ainda com vida. É... o mundo real é bem mais doentio do que a ficção, mas esse não é nem de longe, o pior e mais brutal shockumentary que existe. Uma boa opção para se ver no dia de finados! 

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Banned in America (1998)


Na mesma linhagem de Faces of Death, Banned in America é a primeira parte de uma coleção de shockumentary (shock+documentary) sobre a morte explícita e a violência que existe ao redor do mundo. Divididos em 5 partes, cada VHS mostra vários vídeos chocantes envolvendo a morte, sem borrões ou tarja preta. No primeiro volume, temos uma coleção de vídeos envolvendo suicídio, curiosidades bizarras, acidentes de trânsito com vítimas fatais, maus tratos, execuções, enforcamento, uma sangrenta briga de pit bulls, corpos despedaçados e outras coisas que são desaconselháveis para quem não tem estômago forte! Contém possíveis spoilers.


Banned in America 1 começa mostrando um chocante suicídio que aconteceu em Los Angeles. Em 30 de abril de 1998, Daniel V. jones estacionou o seu carro em uma ponte e ligou para o LAPD (departamento de polícia de Los Angeles) para anunciar o seu suicídio, tal como a sua localização. Ele estende um cartaz em protesto com a frase "HMO’s are in it for the money. Live free, love safe, or die". David tinha sido diagnosticado com Câncer e AIDS, o que levou ele a ficar frustrado com a vida ao ponto de realizar um suicídio com transmissão ao vivo pela TV.  Enquanto helicópteros sobrevoam a área registrando tudo, ele entra no carro para por em prática a sua terrível façanha. David entra no carro e atira fogo sobre o seu veículo. Por sorte, ele consegue fugir de uma morte lenta e dolorosa, mas o cachorro dele que não tinha nada a ver com o problema de seu dono, acabou morrendo queimado vivo. David tenta pular a ponte para uma morte certa, mas acaba desistindo da ideia, já que essa morte súbita poderia não ser captura pelas câmeras da mídia. Em um certo momento do vídeo, David vai até o seu carro (ainda em chamas) para pegar a sua espingarda e disparar contra a sua própria cabeça, fazendo fluidos de sangue se espalharem no asfalto.


Durante seus 46 minutos de duração, o primeiro volume de Banned in America, mostra vários outros vídeos, cada qual mais chocante que o outro. Uma perseguição policial, acaba gerando um acidente de trânsito fatal, causando a morte do fugitivo e de inocentes civis. Em uma tribo indígena, somos apresentados a um homem com um tumor gigantesco nos testículos (é isso que eu chamo de saco cheio). Outros acidentes envolvendo vítimas fatais também são mostrados, com cenas bem fortes. Um homem tem suas mãos e pés cerrados em algum tipo de tortura ou snuff film. Em outro vídeo, encontramos mais cenas de mortes, decapitação e crueldade humana. Aqui, existe algumas coisas que foram importadas de outros shockumentary, como a visita a um matadouro de animais disponível em Faces of Death. Outros vídeos que também fizeram parte de BANNED FROM TV lançado no mesmo ano — como é o caso do incêndio no edifício Joelma, o manifesto na Coreia do Sul e uma mulher sendo usada como escudo humano —, são novamente documentos.


Em 22 de janeiro de 1987, um político norte-americano da Pensilvânia cometeu suicídio com um tiro na boca durante uma entrevista coletiva transmitida pela televisão. Seu nome era Robert Budd Dwyer. Ele foi acusado de ter roubado US$ 300 mil, pegando uma pena de 55 anos de prisão. O que parecia ser somente uma entrevista e tentativa frustrada de alegar inocência, acabou se tornando um suicídio quando Budd Dwyer após ler o seu último discurso, disparou um tiro dentro de sua boca. "Afastem-se, esta coisa vai machucar alguém", foram suas últimas palavras.

Um outro vídeo famoso que podemos encontrar aqui, é o assassinato de Jeff Doucett, acusado de pedofilia. Ele foi morto pelo próprio pai da vítima, enquanto era escoltado por polícias dentro de um aeroporto.

Todos os outros vídeos disponíveis nesse documentário são reais, mas como eu não tenho conhecimento avançado em inglês, não foi possível fazer uma análise profunda e precisa para cada um deles. Cuidado para não confundir Banned in America com Banned from TV, pois apesar dos dois possuírem nomes bastantes distintos e ideias similares, esses dois documentários não fazem parte de uma mesma coleção e pertencem a diferentes produtores. Mesmo sendo muitos parecidos, Banned from television é muito inferior e nem é tão chocante assim.


Se você ficou ofendido com está resenha e as imagens explícitas envolvendo a morte, esse filme não é aconselhável para você! Lembrando que esse é somente o primeiro volume de uma coleção de cinco partes, com cerca de 50 minutos cada. A coleção inteira foi relançada em box set pela Braim Damage Films (responsável pela criação de Traces of Death), no formato DVD com todos os capítulos da franquia. Eu considero este filme um trabalho incrível e ousado! Pois em 1998, a internet não era nem a metade do que é hoje e montar um documentário naquela época, era um desafio e tanto! Não é como os dias de hoje. Atualmente, encontramos qualquer vídeo de morte no google com apenas um clique e podemos até baixá-los sem muita dificuldade. Por isso, filmes como MDPOPE não são capazes de me surpreender, já que qualquer pessoa, pode fazer o seu coletando alguns vídeos na Internet.  Veja BANNED IN AMERICA e descubra um pouco da obscuridade que existe em nosso planeta.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Shocking Asia (Asia perversa) - 1974


Dirigido por Rolf Olsen, o filme mostra cenas do continente asiático e seus extremos rituais, além de corpos jogados no rio Ganges com a presença de banhistas, uma cirurgia de mudança de sexo, comidas exóticas e outras coisas chocantes que são tradicionais na cultura hindu. Contém possíveis spoilers.

Em nossa primeira parada, somos apresentados ao tradicional ritual hindu chamado Thaipusam, onde os devotos praticam um extremo ritual que consiste em colocar vários piercings pelo corpo. Essa celebração é tão importante para eles, que algumas estradas são interditadas para não atrapalhá-los. Na cena seguinte, aprendemos um pouco sobre a exótica culinária do lugar em um rápido giro no continente asiático. Para quem ficou indignado com a morte real de uma tartaruga em CANNIBAL HOLOCAUST, prepare o seu coração para ver outra tartaruga sendo abatida nesse filme. Alguns outros animais como cobras, morcegos, tartarugas e até mesmo um jacaré ou crocodilo de pequeno porte, são mortos para servirem como alimentos para um restaurante bastante popular na cidade. Um encantador de serpente também é mostrado nesse documentário e mais tarde, a equipe de filmagem mostra um templo bem antigo com dezenas de esculturas de pessoas fazendo sexo grupal e praticando zoofilia. Diversos outros rituais também são documentados aqui. Entre ele, um chocante ritual onde pessoas molham seus corpos com óleo fervido, utilizando as mãos nuas para o manuseio do líquido.


A segunda parte de SHOCKING ASIA, explora um pouco da perversão sexual e esquisitices desse povo exótico. Um bordel com várias travestis transexuais é mostrado. Na sequência, vemos uma cirurgia de mudança de sexo (a cena mais difícil de assistir, na minha opinião) e um manifesto que aparentemente, é contra esse tipo de operação cirúrgica. Eles carregam esculturas em formato de pênis e bandeiras com ilustrações do órgão sexual masculino, manifestando ao lado de mulheres e crianças. E que tal um passeio em um museu com temática sexual? Com várias bucetas e pênis artificias espalhados em todos os lugares, manequins representando relações sexuais, assim como sadomasoquismo (BDSM), tortura sexual extrema, figuras em tamanho real de animais acasalando e uma porção sacanagem? Isso existe em algum lugar da Ásia e é ricamente documentado aqui. Nos minutos que se seguem, temos uma luta-livre feminina, uma outra envolvendo anões e outras coisas não muito relevantes.

SHOCKING ASIA nos leva a uma viagem para uma terra rica em cultura e com costumes incomuns que por muitas vezes, é chocante para nós que não conseguimos entender com muita clareza, todo o simbolismo e benefícios que esses estranhos rituais podem nos oferecer. Para eles, uma auto-tortura em um ritual sagrado, representa uma questão de fé, adoração aos deuses ou uma busca por poder espirituais. Para nós, isso é no mínimo um circo de horrores envolvendo fanáticos religiosos e masoquistas. Imagine a cara de um turista desavisado, ao se deparar com um homem penetrando vários anzóis em seu corpo? isso sem contar, os devotos que parecem possessos por alguma entidade durante essas estranhas celebrações. A gastronomia também é uma questão cultural. Enquanto em alguns países animais são considerados deuses, para outros, os mesmo são pratos indispensáveis na mesa para qualquer dia da semana. Note que os franceses comem cavalos, enquanto aqui no Brasil, isso é algo completamente bizarro para a grande maioria das pessoas.


A qualidade técnica do documentário feito em parceira com Ingeborg Stein Steinbach, é bem melhor do que muitos documentário do gênero. Não se trata de uma compilação de vários vídeos com rituais e perversão, aqui tudo foi gravado com muito profissionalismo pela produção. A trilha sonora foi feita sob medida. Isso sem contar, a narração rica em conhecimento do diretor que só melhora ainda mais a qualidade do material. Algumas pessoas consideram este filme muito sensacionalista, mas eu não acho isso. Afinal, não existe outras formas para documentar o lado mais chocante da Ásia sem fazer uso de imagens fortes e explícitas.

Curiosidades:
- Em 1985, Rolf Olsen retorna mais uma vez com a segunda parte do documentário chamado Shocking Asia II: The Last Taboos
- O filme foi banido na Finlândia, devido a natureza forte das imagens. 

domingo, 27 de novembro de 2016

Banned from TV (1998)


Banned from television (conhecido também como Banned from TV) é um documentário divididos em três volumes, lançados em 1998. O documentário mostra dezenas de filmagens chocantes envolvendo a morte, acidentes automobilísticos, gravações amadoras, flagrantes de violência capturadas por câmeras de viaturas policiais, acidentes fatais, erotismo e outras imagens reais que chocaram o mundo. Tudo isso, narrado (em inglês) pelo próprio produtor que segundo a Wikipédia, se chama Joe Francis.


Vários vídeos são mostrado ao longo deste documentário, com direito a slow motion para repetir os momentos críticos das cenas. Vemos um vídeo gravado pelos circuitos internos de um estabelecimento comercial, onde um homem é assalto e baleado. Logo, uma série de acidentes de carros são mostrados, onde os motoristas escapam ilesos da morte súbita. Na Argentina durante as filmagens de um filme com cenas de perseguição, um dublê acaba perdendo o controle do carro e atropela o cameraman. Em Nova Orleans e em outras partes do mundo, o documentário mostra mulheres em festivais carnavalesco e em praias públicas exibindo os seios ou dançando completamente sem roupas em performances eróticas. Na cidade do México, um homem está usando uma mulher como escudo humano, mas logo é abatido por um policial que acerta um tiro em seu crânio. No Brasil, um homem enlouquecido ameaça tirar a vida de um bebê com uma faca, mas um tiro certeiro de um dos policiais, acaba tirando a vida do sujeito e a criança sobrevive sem nenhum ferimento. Vários acidentes de aviões são mostrados, assim com alguns quedas de balões aéreos. Em uma tradicional tourada na Espanha, várias pessoas acabam ficando feridas e uma mulher é brutalmente morta pelo touro. Novamente no Brasil, um incêndio no edifício Joelma (1 de fevereiro de 1974, são paulo) matou várias pessoas carbonizadas e uma das vítimas morre ao saltar do prédio. Em outras partes do mundo, o documentário mostra execuções de acusados de estupro e pedofilia. Na Coreia do Sul, vemos um protesto em uma construção, onde os manifestantes atiram bombas nos operários. Em um outro lugar, um elefante foge de um circo causando pânico nas ruas e só é detido após ser executado a tiro de armas de grosso calibre. Isso não é nem um terço do material disponível nos três volumes da coleção, são dezenas de vídeos de acontecimentos que abalaram o mundo na década de 90 e outras coisas nem tão populares assim. O filme acabou sendo banido no Reino Unido pela BBFC.


O filme começa sem nenhuma introdução, sem sequer mostrar o título do documentário. Depois de navegar bastante na internet, acabei percebendo que todas as cópias dele são iguais e que nenhum minuto estava faltando. Também não existe um encerramento para ele para expor pelo menos, o nome do produtor e responsável pela edição. Esse tipo de detalhes podem não ser muito importantes para alguns, mas para um curioso como eu que costuma explorar o restante da filmografia de cada diretor, isso acaba fazendo uma falta enorme! Em BANNED FROM TV não existe nenhuma legendas, mas você não vai precisar delas para entender o que se passa em cena. Tudo o que esse documentário pretende mostrar é o mundo real e cruel onde vivemos e o que o ser humano é capaz de fazer com o da sua própria espécie. Esse documentário tem um significativo valor histórico e jornalístico, mas como Shockumentary ele decepciona bastante. Fãs de shockumentary concordaram comigo quando perceberem que o material aqui não é tão explícito (como é divulgado) e até mesmo, poderia passar na TV nos dias atuais sem "nenhum problema", como aquele famoso sequestro que deu origem ao filme Última parada 174 ou dezenas de outros casos que surgem todos os dias ao redor do mundo.

sábado, 26 de novembro de 2016

Splatter: Naked Blood (女虐: NAKED BLOOD Megyaku) - 1996


Dirigido por Hisayasu Sato, este é um dos clássicos gore/splatter japoneses produzidos em meados dos anos 90 na terra do sol nascente. 

Um jovem cientista chamado Eiji (Sadao Abe) está desenvolvendo uma fórmula revolucionária que promete tornar as pessoas mais felizes. Ele acaba criando algum tipo de analgésico que basicamente, converte a dor física em uma sensação de prazer extremo, batizando a sua criação de "MY SON". Isso seria motivo de grande orgulho para o pai de Eiji (que sumiu misteriosamente antes mesmo ter nascido, como é mostrado via flashback). Com a finalização do projeto "MY SON", Eiji precisará de algumas cobaias humanas para testar o seu ambicioso trabalho. Por sorte, a mãe dele trabalha em um hospital. Ela está realizando testes médicos em três pacientes, o que permite facilmente que ele misture a sua "porção mágica" junto com o trabalho dela sem que a mesma perceba. Feito isso, ele passa a acompanhar a rotina das três garotas discretamente com a sua câmera em mãos, pois é preciso pelo menos 48 horas para o "MY SON" fazer efeito.


As três mulheres são voluntárias de uma pesquisa dirigida pela mãe de Eiji que está muito preocupada com o futuro da humanidade. Como já sabemos, existe uma teoria de que em um futuro não muito distante, não exista alimentos o suficiente para abastecer toda a população do planeta terra, devido a superpopulação. Esse é o foco do experimento dela, tentar reverter ou amenizar esse efeito. Ela inocentemente, ejeta o "MY SON" em suas pacientes, pois o seu filho perturbado acabou manipulando o experimento original dela (e você pode ter certeza que coisas boas não vão acontecer!) .

Rika Mikami (interpretada por Misa Aika) é a personagem principal. Ela é uma garota bem estranha que após a primeira menstruação, acabou desenvolvendo um choque psicológico que a impede de sonhar, fazendo ela mesma se identificar com um cacto do deserto. A segunda paciente é uma garota muito vaidosa cujo maior orgulho é o seu corpo e a sua aparência externa. A terceira não menos importante, é uma garota gulosa que ama comer e afirma ser esse o maior prazer de sua vida. O interessante nesse filme é a forma como o "MY SON" vai afetar cada uma dessas mulheres e de um certo modo, eu até considero isso como uma crítica social. Como estamos diante de um filme perturbador japonês, a experiência que promete acabar com a dor gera um resultado catastrófico e sanguinário!


A garota que é apaixonada por comida, está cantarolando em sua cozinha enquanto prepara a sua comida. Em um certo momento, ela faz um corte em seu dedo por acidente e acaba percebendo que isso é muito bom. Claro que esse é o efeito que o "MY SON" está fazendo em seu organismo, transformando a dor em felicidade. O problema é que a garota perde o controle e acaba fazendo coisas completamente absurdas, como: mastigar o próprio dedo, fritar a mão em óleo quente, praticar auto-mutilação e canibalismo, chegando a tal ponto de devorar o seu próprio globo ocular e pedaços de sua vagina. Já em um outro lugar não muito distante, a mulher narcisista está perfurando todo o seu corpo com brincos, agulhas, piercing, argolas e outros objetos do gênero. Segundo ela, quanto maior a dor, mais ela conseguia se sentir bem consigo mesma. Enquanto essas duas estão tirando suas vidas, Rika faz amizade com o próprio Eiji, chegando a ponto de se envolver emocionalmente com ele. Sobre os efeitos que o maldito "MY SON" causa no comportamento da protagonista principal da trama, tudo o que eu posso dizer é que ela passa a ter sonhos bem estranhos envolvendo mortes, só isso. Nada de Spoiler. hehe

Hisayasu Sato é um diretor de filme exploitation asiáticos que já produziu inúmeros filmes que certamente, passaram por aqui, por isso guarde bem esse nome. Ele é responsável por vários filmes Pinku, que envolvem perversão sexual, voyeurismo, sadismo e até mesmo bestialidade (veja Horse and Woman and Dog de 1990). NAKED BLOOD não é exatamente a obra máxima dele, mas de longe é a mais popular acompanhada de Lolita: Vibrator Torture (1987).


Os efeitos especiais aqui são bons, mas o erotismo que está presente em toda a carreira de Hisayasu Sato, acabou sendo deixado um pouco de lado. Existe somente uma cena de sexo com óculos futurista e um cacto tapando tudo, no mínimo estranho. Mas a falta de sexo nunca foi um problema para os filmes de terror. O único problema que existe realmente aqui, é que as coisas demoram muito para acontecer e isso acaba gerando tédio na maioria das pessoas acostumadas com ações ininterruptas. Eu recomendo muito que você assista NAKED BLOOD, sem esquecer que os efeitos especiais seguem os padrões dos anos 90. Qualquer dúvida, pesquise um pouco sobre ele e veja o quanto ele é respeitado em toda WEB.

domingo, 20 de novembro de 2016

Most Disturbed Person On Planet Earth (MDPOPE) - 2013


Sinopse: Uma compilação dos mais variados shock vídeos da Internet, apresentado pela pessoa mais perturbada do planeta terra.

Momento histórico aqui no Filmes Perturbadores! Essa é a primeira vez, que falarei de um filme que eu não assisti. Não devido o fato dele ser tão perturbador como o título sugere, mas sim, por causa da inexistência de uma cópia virtual dele na Internet ou de um link para exibição on-line. 

O filme (que na verdade é um Shockumentary ou simplesmente "Documentário de choque") só estar disponível para venda através do site oficial. Isso é, caso você queira assisti-lo, não tem outro jeito: você vai ter que comprar uma cópia! O que esse filme tem de tão especial? Será que vale mesmo apena tanta dificuldade só para ver algo tão nojento assim que possível, só será exibido uma única vez em sua casa? E o DVD, será que é de boa qualidade?


Most Disturbed Person On Planet Earth é um filme em DVD no estilo shockumentary, onde são mostrados vários shock vídeos encontrados na Internet (como "3 guys and 1 hammer") . É também conhecido pela abreviação MDPOPE e foi editado por uma pessoa que atende pelo pseudônimo de Thomas Extreme Cinemagore, que se considera a pessoa mais perturbada do planeta terra. Para provar isso, ele decidiu pegar vários vídeos nojentos e outras porra bem doente para criar um filme de 147 Minutos de duração e vender a um público bem.... específico! Nessa produção caseira com orçamento zero (literalmente), vemos uma sequência de filmagens chocantes envolvendo a morte, vômitos, coprofilia, cenas de violência extrema, gore, pessoas fazendo coisas bem incomum, snuff films, tortura, crueldade contra animais, sexo sujo e vários outros clipes que circulam pela Internet. Por mais que a intenção do diretor seja boa, eu não consigo reconhecer esse trabalho como um "filme" (nem mesmo o IMDB, pois o mesmo acabou removendo os dois filmes do site após um tempo).

A ideia desse "filme" é tão ordinária que até hoje, ninguém teve a ousadia de pegar uma cópia dele para fazer um DVD rip. Isso é, eu não acredito que muitas unidades do filme foram vendidas no mundo todo. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU ), existem 193 países. De acordo com a capa, esse filme foi banido em 143 Países! Ual.... Cadê o Guinness Book que não ver isso? Pura jogada de marketing para atrair fãs de filmes extremos. Só faltou o proibido para menores de 25 anos, já que a intenção aqui é ser exagerado ao máximo. 

Uma outra coisa que eu gostaria mencionar é que este documentário não é narrado pelo diretor, ou seja, ele literalmente só pegou alguns vídeos e colocou neste projeto dividindo-os por cena. Não é como os "Arquivos da Morte", Faces of Death, "Traços da Morte"... enfim, uma infinidade de shockumentary que não só mostram a morte explícita, mas também, existe uma narração do diretor ou dos envolvidos. Eu acho até que estou sendo muito precipitado chamar o senhor Thomas Extreme Cinemagore de diretor, sendo que a única coisa que ele fez foi editar a sua coleção pessoal de vídeos baixadas na Internet. De certa forma, eu considero a venda desse DVD ilegal, já que como sabemos, muitos desses shock vídeos pornográficos são trechos de filmes protegidos por direitos autorais e não podem ser usados para lucrar. Mas quem é que liga para isso, né?


De acordo com informações coletadas no site da MDPOPE II, o filme é gravado em mídia de 8.5GB DVD-R. Isso levanta a hipótese de que se trata de um filme pirata — muito comum em produções underground com baixíssimo orçamento —, já que não existem mídias originais assim (por isso vemos tantos filmes comerciais com Disco 1, Disco 2.... com aproximadamente 4.7 GB cada). Portanto eu não recomendaria a compra deste produto, a menos que a sua curiosidade esteja a mil por hora ou você queira ter algo diferente em sua coleção. Uma compilação como está qualquer pessoa pode fazer em casa, basta ter alguns softwares em mãos e uma pequena noção de como editar arquivos de vídeos. Enquanto uma alma caridosa não posta esse super filme B na Internet, vamos ter que assistir a esses e outros milhares de shock vídeos em sites espalhados pelo Google. Que pena. E para quem acha que essa ideia é muito original, existe um documentário brasileiro chamado Depredação Humana e uma sequência chamada Depredação Humana - Prazer e Sexo, feitos bem antes do MDPOPE e disponível gratuitamente na Internet!

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Terrible Meal (ゲロゲロ 食って、吐いて、また食って) - 1995


Dirigido por Kaoru Adachi — que sob o pseudônimo de Susumu Saegusa, dirigiu o clássico shockumentary Faces of Death IV — o filme foi lançado em 1995 pela V&R PLANNING e distribuído pela Noah Video Select. É estrelado por Reiko Yatsuki e mostra o estranho banquete entre um homem e uma mulher, ambos praticantes de vomerophilia (atração sexual por vômitos).


Dizem que a hora do lanche é a hora mais feliz, certo? Eu também concordo com essa afirmação. Mas, será que podemos dizer isso durante a exibição de um perturbador filme japonês com cenas reais de vômitos? Certamente que não, a menos que você seja alguém como Lúcifer Valentine e goste de emetofilia tanto quanto ele. Após analisarmos esse filme, iremos concluir que até mesmo um simples saquinho de pipoca, pode não ser uma boa companhia na hora de assistir ao Terrible Meal. Esse filme é mais uma daquelas produções "eróticas" de extreme fetish, mais especificamente voltado ao subgênero sukatoro (uma categoria de filmes japoneses sobre fetiche com vômitos para excitação sexual, com a inclusão de sexo ou não). Portanto, se a cena do jantar de Terry Crews e Marlon Wayans em "As Branquelas" faz você revirar o estômago até hoje, eu aconselho que você não veja esse filme nem por curiosidade !


Eu estava pensando em falar sobre mais um filme scat que eu vi no último Halloween. Mas, não será dessa vez. Por hora, eu prefiro me focar em um filme que alguns conhecem pelo estúpido nome "Terrible Meal". Tive que varrer a internet inteira atrás de informações sobre o filme que erroneamente, as pessoas vem chamando de "Squirmfest 2", devido o fato do diretor ser o mesmo e ambos serem produtos da V&R Planning. Outros vão além e acreditam que este filme faz parte do CAT 3 — uma extensa lista de filmes criada pela Hong Kong motion picture rating system, para categorizar alguns filmes controversos com conteúdo adulto, como os "Pinku" movies e exploitation asiáticos, lançados desde 1988 até os dias de hoje.


Depois de mergulhar fundo atrás deste filme (em sites de fetiche um mais nojento que o outro), finalmente encontrei algumas informações reais a respeito do mesmo. Esse filme não é a continuação de SQUIRMFEST e "Terrible Meal", é só um apelido criado por alguém que compartilhou uma cópia do filme via torrent ou fez uma análise do mesmo com um título improvisado, fazendo com que todos compartilhem a mesma ideia. Isso é tão verdade, que se fizermos uma busca sobre ele no google, não vamos encontrar quase nada. Isso me deixa bastante frustrado, pois uma informação errada acaba dificultando e muito o download ou a compra de um maravilhoso filme como este. Agora, o momento que todos estavam esperando : A resenha! ;)


Originalmente conhecido como ゲロゲロ 食って、吐いて、また食って no Japão e em shock sites de fetiche, o filme começa com o encontro de uma mulher (Reiko Yatsuki) e um cameraman fetichista que a convida para jantar. Após isso, um corte de cena acontece e somos apresentados a uma mesa de jantar toda decorado, com direito a luz de velas. Entre os itens disponíveis na mesa, temos um maravilhoso frango assado e uma caixa de suco de laranja. A mulher começa a devorar o seu jantar, dando uma atenção toda especial para o frango e o suco. Não como uma dama, mas sim como um animal faminto. Depois de ter consumido boa parte do prato principal e de encher o estômago com a bebida, algo inesperável acontece... !

Uma espécie de tigela de sopa é colocada sobre a mesa, enquanto ela afasta o restante da comida para o lado. Nesse meio tempo, a atriz libera alguns arrotos bem nojentos, fazendo você perceber que o pior ainda estar por vir.

Para quem decide ver um filme tão nojento como esse de estômago cheio (embora o "gênero" sukatoro seja muito inferior ao scat), é bem provável que exista um certo anseio de vomitar durante os minutos que se seguem. Afinal, esses filmes são longos e costumam ter cerca de uma hora ou até mais.


A atriz coloca não só os dedos, mas a mão inteira dentro da boca para provocar vômito. Sim, você não entendeu errado: Ela enfia toda a mão dentro da boca, com uma facilidade absurda que só vendo para crer! Feito isso, ela vomita inúmeras vezes dentro de uma tigela de aço até enchê-la por completo. Ah, que delicia... o vômito parece muito com uma gororoba batida no liquidificador! Brincadeiras à parte, depois que o estômago da moça rejeita todo o alimento, ela consome todo o vômito novamente para depois.... vomitar outra vez e comer!? Pois é justamente isso o que acontece, para a alegria de uns e o azar de outros.


Em um certo momento do filme, vemos a mulher urinando enquanto vomita e por diversas vezes, um homem entra em cena para lamber a secreção nasal que insiste em escorrer pelo nariz dela. Fora isso nada, de muito relevante acontece (será?). Na cena final, temos uma cena de sexo com borrões pixelado, onde o homem vomita diversas vezes sobre ela, antes, durante e após o sexo. O filme é encerrado com a atriz repetindo inúmeras vezes a palavra "Gero Gero" (ゲロゲロ), em uma mistura de sentimentos que envolve felicidade e histeria. Esse sim deveria ser o apelido "oficial" do filme, mas não o fizeram. Até a próxima!

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Spaceship Terror (2011)


SPACESHIP TERROR é um filme slasher dirigido por Harry Tchinky. O longa se passa em um futuro distante, onde seis cientistas desaventurados, são brutalmente assassinados por um serial killer dentro de uma gigantesca nave espacial chamada "TERROR".

Esse filme não tem nenhuma legendas (mas um Goremaníaco de verdade, não vai se importar muito com isso). Diferente do gênero suspense, filmes de terror não tem diálogos muito relevantes para o entendimento da trama. Basta simplesmente, observar o que se passa em cena, pois as imagem falam por si só. Claro que nem todos seguem essa regra, alguns são bem complicados até mesmo na versão dublada! No caso de Spaceship Terror, isso é mamão com açúcar.  ;)


Um grupo de seis cientistas a bordo de uma nave espacial, decidem fazer uma aterrissagem forçada, devido uma falha no sistema. Com o sucesso da aterrissagem, a tripulação (formada por um homem e cinco mulheres), saem para procurar ajuda e acabam descobrindo uma misteriosa espaçonave que acabará de pousar nas proximidades. Sem ter outra opção, eles entram na espaçonave com o nome "TERROR" escrito em vermelho na borda. mal sabe eles o trágico destino que os espera. 

Eu sei que parece loucura, que tipo de pessoa seria capaz de entrar em um lugar esquisito chamado "TERROR"? Mesmo se fosse por questão de sobrevivência, ainda sim seria burrice, mas esse é justamente o tipo de coisa que acontece com frequência em filmes de terror. É preciso que as personagens tome uma decisão errada para desencadear um massacre ou algo do gênero, pois sem isso, não haveria filme né?


Dentro da nave, eles encontram uma garota chamada Chris (Emma Lee Nguyen) que nos conta todos os perigos do lugar. Não demora muito para que o único homem da trama seja assassinado, nos deixando somente com um time feminino no elenco. Quando isso acontece, somos apresentados a um psicopata terrível chamado Capitão Terror. Ele matou todos os amigos de Chris e está decido fazer o mesmo com as cientistas propondo para elas, um game de sobrevivência ou morte. Para começar, ele aumenta a temperatura da nave, forçando as garotas a tirarem seus trajes espaciais e ficarem só com as roupas de baixo (nada tão extravagante como nos filmes de Bill Zebub, mas, é sexy do mesmo jeito!). A única forma de sair com vida deste jogo infernal, é através de uma porta trancada por uma senha de cinco números. Cada um dos códigos da porta é liberado após a morte de uma pessoa, ou seja, das seis garotas existente na nave, apenas uma ira sair com vida. Esse código das cinco vítimas e cinco números, lembra e muito a charada do arco-íris em Jogos Mortais 2. Outra referência também de SAW, são as diversas armadilhas espalhadas em toda nave e o assassino citando as regras, através de uma tela com transmissão ao vivo.


Certamente, aqui estão presentes todos os grandes clichés do gênero, mas levando em consideração que esse é o primeiro trabalho cinematográfico de Harry (de acordo com minhas buscas pela Internet), podemos dizer que ele começou muito bem. Aqui encontraremos não só efeitos especiais "gore", mas também, uma porção de efeitos visuais em CG (Computação gráfica), tais como animações em 3D da aeronave sobrevoando o espaço. Spaceship Terror é uma mistura de Jason X com SAW, onde as vítimas são mortas uma a uma em um sádico jogo de gato e rato. O interior da nave especial foi criado com riqueza de detalhes, chegando a tal ponto de nem parecer filme independente. Mas, aparentemente, parece que todo o investimento do filme foi gasto nas cenas de computação gráfica. Os efeitos especiais são ótimos, mas as cenas de tortura não atendem aos requisitos de fãs de "Torture Porn". Mãos e pés cerrados, cabeça decepada, um torso de um homem suspenso por uma algema, fluidos de sangue espalhados por toda nave, um assassino e seis gostosas, são as principais características deste filme. As únicas cena de tortura explícita que aparece em cena, é de uma mulher levando choque e de uma outra que sofreu tortura sexual, chegando a tal ponto, de ter suas pernas amputadas.


Para o futuro, eu espero ver um pouco mais de Harry Tchinky e a Harwen Productions LLC em ação, pois esse filme apesar de seus altos e baixos, foi uma das produções independentes mais incríveis que eu assisti no ano passado.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Guinea Pig 5 - Android Of Notre Dame (1989)


Sinopse: Um cientista anão, tem seus sonhos frustrados quando sua irmã fica gravemente doente. Determinado a encontrar uma maneira de preservar a essência de sua irmã após a morte, o cientista, começa a criar um experimento bizarro, usando seres humanos como cobaias.

Guinea Pig é uma franquia de filmes japoneses dividida em seis volumes, cada qual contendo uma história envolvendo gore e uma cobaia humana como tema principal. A série gerou muitas polêmicas por causa de seus dois primeiros filmes (entenda o porquê aqui) e conquistou inúmeros fã interessados em cinema extremo.  Bem... eu gostaria muito de falar um pouco mais sobre a reputação underground da série, mas, não será desta vez. Estou aqui agora para falar do pior filme de todo box set, no sentindo que ele é tão ruim, que nem parece parte da coleção Guinea Pig... !


Esse filme não tem muito a oferecer, pior ainda, para quem viu toda a franquia GUINEA PIG na ordem cronológica de lançamento. O primeiro filme intitulado Devil's Experiment, apresentava uma insanidade terrível que só foi superado mais tarde com o lançamento do chocante e sangrento Flowers of Flesh and Blood. Entretanto, devido toda controvérsia envolvendo o alto grau de realismo desses dois primeiros volumes, a série foi entrando em decadência e os produtores resolveram não pegar muito pesado nos filmes seguintes. He Never Dies é a terceira parte da franquia Guinea Pig, feito com muito humor negro e "gore", enquanto que Mermaid in the Manhole era algo mais sério, nojento e perturbador. Quando vemos os filmes nessa sequência, a expectativa de ver os dois últimos continua sendo muito grande, mas o que podemos esperar de um filme chamado "Android Of Notre Dame"? Um corcunda serial killer do futuro? Não,  mas se a premissa fosse essa, o filme teria ficado bem melhor...

Esse é sem sombra de dúvidas, um dos poucos filmes que eu gostaria discurtir no momento. Mas, como já falamos de todos os outros títulos da franquia Guinea Pig aqui no Filmes Perturbadores, porque deixarmos o menos importante para trás?


Em Guinea Pig part 5, somos apresentados a um cientista anão que tenta salvar a sua irmão de uma morte inevitável, provocada por uma grave doença. No filme não fica muito claro o que ele pretende fazer com sua irmã, mas tudo indica que ele quer de alguma forma, fazer com que ela continue viva mesmo que isso signifique transformá-la em um robô ou tirar a vida de alguém. Quando ele recebe uma chamada telefônica de um homem chamado "Kato", as esperanças dele só aumentam. Depois que o anão fecha um acordo com esse sujeito por telefone, um corpo de uma mulher é enviado para a casa do anão, acompanhado de um poderoso software para super-computadores. Depois deste ponto, o filme segue mostrando uma série de experimentos bem bizarros até atingir um final que definitivamente, não vai agradar a todos.


Então, vale a pena assistir Android Of Notre Dame? Eu acredito que sim, mas não adianta sair feito louco procurando uma cópia de Guinea Pig 5 acreditando que será surpreendido com uma rajada de violência descomunal. No máximo, descobriremos um médio metragem japonês com efeitos especiais interessantes, protagonizado por um anão (que de corcunda não tem nada) que faz experiências bizarras ao estilo re-animation. Você vai encontrar o clássico globo ocular que é arrancado (uma das façanhas mais repetitivas da série), porém, essa cena não vai lhe causar muito impacto como antes. O pior de tudo é quando o filme acaba e ficamos com receio de seguir até o último volume chamado Devil Woman Doctor (tão divertido quanto Her Never Dies). Esse filme não foi dirigido pelo diretor de Devil's Experiment ou do clássico Flowers of Flesh and Blood, acho que isso explica o motivo da qualidade bem inferior. Veja o "Corcunda Android de Notre Dame" sem esperar muito para não correr o risco de se decepcionar no final.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Shôjo jigoku ichi kyû kyû kyû (Girl Hell) - 1999

A.K.A Injured Murder Rape Film (1999)

Alguns diretores japoneses se destacam quando o assunto é criar filmes cheio de sadismo e bizarrices inimagináveis. Um forte exemplo disso, é a clássica franquia Guinea Pig Collection que todos nós já conhecemos muito bem. GIRL HELL é dirigido por Daisuke Yamanouchi, criador de vários outros filmes bizarros como Muzan-E e Blood Sisters. Para quem acha que esse filme tem alguma relação com o anime Hell Girl (Jigoku shōjo), é melhor tirar o cavalinho da chuva e seguir para um entretenimento um pouco mais... saudável! Ou se preferir, desligue o seu lado Otaku por uma hora e venha conferir um filme japonês bem insano com muito estupro, incesto, crueldade e uma pitada de humor negro.


O filme abre mostrando dois adolescentes batendo um papo descontraído sobre sexo e garotas. Quando Kenji conta para o seu amigo que está querendo mudar de vida, ele é debochado, pois ambos já fizeram coisas horríveis juntos e uma mudança repentina não seria tarefa fácil. logo durante os créditos iniciais, é revelado que os dois amigos são na verdade, uma dupla de estupradores que vivem praticando o mau sem nenhum pudor, como se fosse a coisa mais natural do mundo...

Para mudar de vida e se tornar um homem honesto, Kenji decide conquistar uma colegial chamada Misaki Tsukamoto (Yôko Satomi), conhecida por ser a garota mais bondosa do bairro. Ele conta um pouco sobre a vida da garota para o amigo, mas, ele não consegue levar a conversa a sério. Mais tarde, Kenji decide entregar uma carta para Misaki na esperança que ela leia e o corresponda o seu "amor". Mas, será que alguém como ele teria alguma chance com ela?


Misaki Tsukamoto é uma garota tímida que mora com o pai e sua irmã doente. A mãe dela fugiu de casa a muito tempo atrás, pois não aguentava mais viver ao lado de um marido tão violento. Segundo ele, na verdade, ela fugiu com um amante, um homem que trabalhava com ela que também "sumiu" no mesmo dia sem deixar nenhum vestígio. O pai dela é um velho nojento, escroto e desprezível, que você vai conseguir odiá-lo assim que ele entrar em cena. Keiko é o nome da única irmã de Misaki, ela é uma garota que após sofrer um terrível acidente de trânsito, acabou ficando com o corpo todo cicatrizado e devido a isso, seu corpo inteiro é coberto por atadura (Qualquer semelhança com a múmia é mera coincidência).

Outros personagens na trama que fazem parte da vida dela, é uma mendiga maluca que cuida de uma boneca como se fosse um bebê de verdade. Ela mora na rua e é alimentada diariamente por Misaki, que ver ela como uma forma de preencher o vazio deixado pela mãe. Pois bem... agora que sabemos um pouco sobre cada uma das personagens, responderemos a seguinte pergunta: Porque devemos assistir Girl Hell?


Na realidade, esse filme não é para todos os gostos (assim como vários outros filmes que já conquistaram uma resenha aqui, mas isso você já sabia). O pai da protagonista é um porco imundo que você vai amar odiar. Ele abusa sexualmente de Keiko, que apesar de ser sua própria filha e de seu estado de saúde alarmante, o velho estupra a garota todos os dias, incluindo até mesmo sadomasoquismo. Como Misaki não passa de uma pobre garota de 17 anos (e está muito longe de ser a "Garota do inferno" para fazer jus ao nome do filme), ela não faz nada para impedir a ação do pai por medo de também se tornar uma vítima.

Por mais incrível que possa parecer, as coisas só pioram quando ela recebe a carta de Kenji e decide não ir encontrá-lo mais uma vez. Isso acaba gerando uma frustração muito grande para ele, tanto que ele desiste definitivamente de tentar ser uma pessoa melhor. Agora com a ajuda de seu amigo (que é bem mais pervertido que ele), a dupla segue para a casa de Misaki para promover um verdadeiro inferno: Primeiro eles acabam com a raça do pai dela e humilharam Keiko até finalmente estuprá-la (em uma cena perversa envolvendo dupla penetração e sangue). Nesse meio tempo, Misaki é abusada por um tarado que toma a urina dela através de um canudo colocado dentro de sua vagina.


O filme termina de um jeito bem inesperado e revoltante, por isso prefiro não entrar em mais detalhes para não causar spoiler. ;)

Daisuke Yamanouchi é o que podemos chamar de "gênio marginal". Seus filmes exploitation e até mesmo os Adult Video (AV) que ele já dirigiu, mostra toda a paixão do cara em incluir sexo sujo em seu trabalho. Por exemplo: Em Muzan-E, existe uma cena de orgia com sangue menstrual e aqui algo similar acontece, quando um velho paga 2 mil ienes por um lenço sujo que foi usado para limpar a vagina de uma prostituta gorda.


Finalizando, eu gosto de filmes japoneses extremo e qualquer outro tipo de filme que inclua estupro ou perversão sexual (desde que o mesmo seja fictício, claro). Devido a isso, não tem como deixar de recomenda GIRL HELL! Com apenas 66 minutos de filme você vai encontrar incesto, muitas cenas de estupro, personagens bem malucos e até mesmo jato de leite extraído das tetas de uma mendiga. E a boa notícia, é que as legendas não são tão difíceis de serem encontradas. 

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Maskhead (2009)


Fred Vogel é com certeza, um diretor de peso! Não devido o fato dele ser gordo, mas sim, pela sua gigantesca contribuição para o cinema underground nos últimos anos. Talvez você não o conheça pelo nome ou nunca tenha ouvido falar da Toetag Pictures, mas provavelmente, já deve ter ouvido falar muito da trilogia August Underground durante sua busca por filmes Perturbadores e outras bizarrices do gênero. 

Como já era de se esperar, esse filme não possui nenhuma legenda. Isso pode ser um pouco desanimador para muitos, mas quem falou que tudo nessa vida é perfeito? No caso de MASKHEAD, a falta de legendas pode não ser o seu único problema (explicarei isso mais tarde).


Produzido por Fred Vogel e Shelby L. Vogel (esposa do diretor), o filme conta a história de duas lésbicas, um cowboy gay e um impiedoso assassino mascarado. O trio são fundadores de uma produtora de vídeos eróticos chamada Modeling, que na realidade, se trata de um negócio obscuro envolvendo assassinatos por lucro. O que podemos esperar de um filme como esse? Simplesmente, muito sangue e sexo, com o selo de qualidade da Toetag Pictures.

A trama gira em torno de Syl (Shelby L. Vogel) e Maddie (Danniella Inks), elas são produtoras de filmes pornô softcore e trabalham em parceria, com um cowboy gay nada amigável. Com a ajuda de um comercial, as duas garotas conseguem atrair pessoas que querem ganhar dinheiro seguindo a carreira como porn star. Destaque para a frase que aparece embaixo do vídeo comercial : "Syd e Maddie venderam mais de 100 Milhões de DVD no mundo todo.... Que porra você está esperando? Tire o pau do seu pai da sua boca e pegue o telefone !"


Depois da divulgação do comercial, o filme segue mostrando entrevistas de homens e mulheres, assim como a produção do vídeo pornô softcore de cada um deles. A princípio, tudo acontece normalmente. Porém, tudo muda quando um estranho homem com uma mascara sinistra, invade o set para matar os atores no meio das filmagens. Logo, é então revelado que não se trata de um negócio envolvendo filmes eróticos, mas sim, de uma produção caseira de filmes Snuff onde pessoas são mortas de verdade.

Se você já assistiu August Underground, já deve saber que o diretor Fred Vogel tem um talento muito grande quando o assunto é criar snuff movies bem "realista". No caso de MASKHEAD lançamento dois anos após o fechamento da trilogia AU, a qualidade dos efeitos especiais continua sendo mais do que satisfatória.

No filme você não vai encontrar cenas de sexo explícito, mas sim, algo como: Uma atriz chupando uma banana, uma garota vestida de palhaço se divertindo com balões de festa e uma gostosa brincando com um homem imitando um cachorro. Mas por outro lado, esse filme trabalha muito com tortura sexual. Imagine um cowboy enfiando a mão e parte do seu braço, dentro da bunda de um adolescente viciado. Infelizmente, o seu anel favorito acaba se perdendo dentro do ânus do rapaz e ele resolve meter a mão novamente para tirá-lo. Imagine também, duas lésbicas dentro de um restaurante, onde uma enfia o pé na vagina da outra por debaixo da mesa. Isso tudo você ver em MASKHEAD, fora as cenas de torturas, humilhação e crueldade que estão presente em todo o longa.


A principal estrela do filme, atende pelo nome de Maskhead. Maskhead é um homem alto com atadura na cabeça, braços e peitoral. Ele é parecido com a maioria dos serial killers de filmes de terror (Michael Meyer, Leatherface, Jason...), sendo então um assassino insano, forte, calado e possui uma máscara assim como qualquer outro retardado do gênero. Seu principal instrumento de tortura é uma pequena marreta, embora utilize bem mais sua força física. Mesmo sendo um ator de filme erótico, Maskhead não faz sexo com nenhuma das atrizes. Ou será que ele faz? 

A cena final deste filme com certeza, é a parte mais perturbadora e insana que esse filme pode nos oferecer. Caso você ache que qualquer revelação sobre um filme é considerada SPOILER, eu sugiro que você não leia o penúltimo fragmento de texto desta resenha.

O filme abre com uma cena onde uma mulher, está amarrada sobre uma cama improvisada. Mais tarde, bem na cena final, descobrimos o destino trágico dessa mulher. Maskhead aparece em cena com um pau enorme (um "pênis" artificial de madeira com pregos, criado por ele mesmo). A garota então é estuprada pelo assassino e a câmera faz close em sua vagina que está sendo massacrada em todos os sentidos, literalmente ! Eu não sei bem como essa cena foi feita, mas, o efeito especial é de cair o queixo.


Para finalizar, existe um problema além da falta de legendas que eu pude observar. Sabe quando o filme tem muitos diálogos necessários? Pois é... aqui existe muito disso! Não que ele tome boa parte do filme, mas para quem não entende muito de inglês,  isso acaba gerando um certo tédio que é recompensado mais tarde com as cenas de violência gratuita. O enredo também não é seu ponto forte,  lembrando que essas produções de filmes extremos, tem como principal objetivo, chocar seu público alvo e isso Fred Vogel sempre fez muito bem.